quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

As vidas de Gonzaguinha e Gonzagão

Logo quando foi lançado pela Ediouro o livro Gonzaguinha e Gonzagão: uma história brasileira, corri ao site Submarino para ver se o livro já estava disponível para venda. Estar? Já estava. Porém só o adquiri em junho de 2007. Quando ele chegou a minha casa, no dia 23/06, meus olhos brilharam em poder ver fotografias maravilhosas e conhecer um pouco mais sobre a vida desses dois ídolos e a enigmática relação de pai e filho presente entre eles.

É um livro que guardo com muito carinho e orgulho escrito pela jornalista e biógrafa Regina Echeverria, também autora de Furacão Elis (1985), Cazuza, Só as Mães São Felizes (1997) e Pierre Verger, um retrato em preto e branco (2002). Gostei tanto que já o li três vezes, sendo que a última foi para utilizá-lo como bibliografia para o meu trabalho de obtenção do título de bacharelado em Comunicação Social, citado no post http://sosentimento.blogspot.com/2009/12/levando-o-forro-para-o-meio-academico.html.

Recomendo a todos! É uma forma maravilhosa de conhecer um pouco mais sobre o forró e despertarmos para o nosso papel de difusores culturais. Coloco abaixo um trechinho para despertar a curiosidade de vocês e deixá-los com água na boca!


Rosinha e Gonzaguinha, filhos, Helena e Gonzagão.
Fonte: Forró em Vinil.
ECHEVERRIA, Regina. Gonzaguinha e Gonzagão: uma história brasileira. São Paulo: Ediouro, 2006.
ISBN 85-00-02074-1

"Falando em coincidências, mandei fazer uns óculos para mim na rua do Senado e disse ao moço que só iria buscá-los no fim do mês, quando recebesse. Gonzaga era cliente dessa loja também. Não sei como ficou sabendo que eu tinha encomendado óculos lá. E tinha sumido um anel meu. Recebi então um telefonema da ótica dizendo que os óculos estavam prontos, mas eu não queria pegar. O homem insistiu e eu acabei indo. Isso aconteceu no dia 16 de abril de 1948. Quando estava na ótica, entrou aquele morenão de roupa branca, jaquetão. Aí, à queima-roupa, ele disparou:
- Quer ir mais eu, vamos embora?
- Quer ir mais eu? Para onde?
- Casar comigo!!!
- Eu, casar com o senhor? Nós nunca fomos namorados, precisamos namorar, noivar para ver se dá certo para casar."

Helena conta como foi pedida em casamento por Luiz Gonzaga. (ECHEVERRIA, 2006 - p. 66-68)