Salvador. Uma das cidades turísticas brasileiras mais visitadas, cheia de beleza natural, de swing e de gente feliz. Nada melhor do que ter forró em um lugar tão bom assim, né?
Há quatro anos, Gabi Valverde, baiana sabor-da-Bahia, resolveu fazer um forró para comemorar seu aniversário, o Gabi Roots. Sucesso! A ideia deu frutos e foi se repetindo fora dos aniversários.
Eu, posso ser come-quieto mas não sou boba, vi no Super Gabi Roots, do dia 12/02/2011, a oportunidade de solucionar dois problemas de uma vez só: conhecer Salvador e o forró de lá.
Marinheira de primeira viagem, peguei todas as informações possíveis e fui em trio, Tania, Thatila e eu, rumo ao Nordeste.
Já no aeroporto de Confins (MG), fomos nos encontrando com outros forrozeiros mineiros para o mesmo vôo: Vinny, Glau, Régis e Cadu. Ganhamos uma hora a mais, já que no NE não há horário de verão. Obaaaaaaaaaaa!!!!! Chegando lá, já demos de cara com Gabi que esperava por seus amigos e hóspedes no saguão. Seguimos para o nosso lar baiano, a Barra. Um ar tão úmido que eu, bichinho de cerrado, não tenho costume de respirar. Nos acomodamos no Hostel Barra e comemos uma imperdível tilápia com camarão no Caragueijo de Sergipe. Caminhamos pela orla mas logo nos rendemos aos braços de Morfeu.
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Foto: Arquivo pessoal/Simone Souza. |
No outro dia, o mar da Barra foi o que nos consumiu até às 13h. Após um almoço caprichado, fomos rumo aos pontos turísticos mais tradicionais: Elevador Lacerda, Mercado Modelo e Pelourinho. Nos esquecemos de guardar energia para o forró que seria logo mais. Foi a conta de voltarmos ao hostel e nos aprontarmos para a grande noite.
Na porta do famoso Coliseu do Forró, eu tive a pachorra de deixar o meu ingresso desaparecer! Aff... Mas, graças ao bom Deus, nem tive muito tempo para me desesperar, pois forrozeiro pode ser qualquer coisa, mas não o falta a honestidade. Uma turma que estava ao lado achou meu humilde e valioso ingressinho se arrastando pelo chão e vieram perguntar se alguma de nós havia perdido a entrada! Ahhhhh, que beleza de baião!
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Foto: Arquivo pessoal/Simone Souza. |
Entramos e nos colocamos a observar. Adorei a decoração: decisão unânime do trio! Que delícia dançar forró, olhar para o lado e ver as ondas na areia! Me permiti até mesmo uma catuaba... Discurso de Gabi e gritos da plateia em homenagem à anfitriã. Diego Oliveira no palco e muitos sorrisos, apresentações, reencontros e danças. Chega a vez d'Os 3 do Nordeste e eu me ponho a gravar; ato já involuntário. O cansaço batendo, mas o movimento de resistência de pé. Resumo da obra: contagiante!
Fim de noite cheio de risadas, umas confusões de leve (para não perder o costume) e coraçõezinhos mexidos, prontos para serem servidos no café da manhã... Caroninha do nosso amigo, Bruninho do Acordeon e soneca relâmpago.
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Foto: Arquivo pessoal/Simone Souza. |
Pela manhã, mais honrarias à Iemanjá nas águas da Barra e feijoada da Gabi à tarde. Chegamos meio sem jeito, fomos bem recebidas e servidas de uma feijoada divina. À noite, aula de como se saborear abará e acarajé com Tainá Vitoria, ressaca no Ô de Casa com Diego Oliveira, agora mais conhecido como Oliveiras do Nordeste (!), aula de forró com Daniel Marinho, prosa com o amigo Danilo Ribeiro, mais danças e sorrisos... Só que agora, começam as despedidas.
Como foi difícil, às 6h da manhã, ver as pessoas correndo na orla, praticando surfe e mergulhando... E nós, na segunda-feira, indo para o aeroporto para voltarmos para casa. Ai que dor no coração!...
O tempo foi bem curto e não pudemos fazer tudo que havíamos planejado ou desejado, no entanto, ouvi uma frase, outro dia, que soluciona muito bem essa questão. A frase dizia que quando fica faltando algum lugar para se conhecer é deixada uma garantia de que se vai voltar.
"Eu me acabo de saudade
Se não voltar pra Bahia"...
(Voltar pra Bahia [Osvaldo Oliveira e Mary Monteiro] - Os 3 do Nordeste)